O sedentarismo pode afetar todas as áreas da vida, indo muito além da estética, prejudicando diretamente a saúde. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 98 milhões de brasileiros não têm o hábito de se exercitar com frequência. A média é que uma a cada duas pessoas que moram no Brasil não realizam nenhum tipo de exercício físico.

Essas situações são devido a uma soma de fatores, como a atual vida corrida e estressante, especialmente dos que vivem em cidades grandes e agitadas. Além disso, a falta de tempo, resulta em jovens que não se interessam por exercitar o corpo.

Esse cenário de sedentarismo, além de trazer danos imediatos à saúde, também interfere na qualidade do envelhecimento, como veremos a seguir. 

Perigo do sedentarismo para a saúde

Atualmente com os jovens cada vez mais independentes, costumam priorizar o trabalho e uma vida social badalada, refletindo diretamente na qualidade de vida, ou melhor, na ausência dela.

Contudo, esse sedentarismo não é algo que vai afetar somente a estética, resultando em um corpo fora do padrão imposto pela sociedade, refletido no que é considerado como excesso de peso. Vai além disso, pois favorece o aparecimento de doenças que envolvem a mente, como demências, e problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

Fora isso, o excesso de peso pode acarretar também outras doenças físicas além da obesidade ou sobrepeso, como diabetes, hipertensão, problemas nas articulações e muito mais.  Com isso, a pessoa fica mais suscetível a um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo.

Sedentarismo e envelhecimento: qual a relação?

O sedentarismo e o envelhecimento estão diretamente ligados. Isso porque, a ausência de exercício físico, também influencia no envelhecimento, que é resultado da soma de fatores externos (qualidade de vida) e internos (fatores genéticos).

A prática de esportes constantes previne o envelhecimento celular, evitando, dessa maneira, as doenças da mente, como a demência, por exemplo. Pois, quando a pessoa realiza qualquer tipo de exercício é normal e esperado que ela gere uma série de hormônios como endorfina, serotonina e dopamina, que provocam bem-estar, sensação de alegria e felicidade. Assim, evita-se que a pessoa entre em um estágio avançado de depressão e ansiedade.

Sedentarismo e o avanço do envelhecimento: explicação biológica

A falta da prática de atividade física afeta diretamente a longitude dos telômeros. Pesquisas mostram que nem sempre a idade física acompanha a idade celular. Isso se dá devido aos maus hábitos decorrentes do dia a dia corrido. 

Os telômeros são uma espécie de capa protetora que tem como localização a ponta do cromossomo, com a finalidade de proteger e evitar que o código genético das células seja repassado. Com essa proteção, as células-filhas nascem 100% saudáveis, com a instrução correta de como devem funcionar.

No entanto, o grande problema nesse repasse de informações é que, com o tempo, por exercer a mesma função por um longo período, essa capa protetora dos telômeros vai se desgastando. O resultado é que as células passam a se replicar de maneira errada e com defeito.

Como consequência, os órgãos do corpo passam a funcionar mal. Por isso, com o passar dos anos, é “normal” que os idosos tenham mais dores e problemas de saúde, como diabetes, taquicardia e hipertensão. Esses problemas são agravados com o sedentarismo, pois todo esse processo que os telômeros fazem acontece de forma prematura e mais rápida, acelerando o envelhecimento celular.

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