A obesidade multifatorial é vista como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo inteiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela entende-se pelos órgãos de saúde como um problema que vai muito além da estética, cujo tratamento é feito como uma doença complexa e crônica, longe de ser uma questão resolvida apenas com a força de vontade da pessoa obesa. 

Foi definida como uma doença em 2013, pela American Medical Association (AMA), uma das organizações médicas que mais têm influência no mundo. No Brasil, é uma das doenças que mais cresce, com 40% da população adulta apresentando sobrepeso. 

Como caracteriza a obesidade multifatorial

De acordo com médicos e autoridades na área, a obesidade define-se como um excesso de gordura que prejudica a saúde, a obesidade está associada a diversos riscos para a saúde, por conta das complicações metabólicas que causa.

Dessa forma, pode-se considerar a obesidade como uma doença multifatorial. Assim, os fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ainda os ambientais, se apresentam de forma interligada. Isso porque essa doença pode estar associada ao aparecimento ou agravamento de doenças crônicas, como diabetes melittus, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, apneia do sono, distúrbios psicossociais e hipercolesterolemia. 

Para a identificação da obesidade, o IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos parâmetros usados no diagnóstico, mas não é o único. 

Causas da obesidade multifatorial

As causas da obesidade também são multifatoriais. A determinação do sobrepeso ou da obesidade pode estar relacionada ao modo de vida, já que se vive em uma sociedade moderna, em que a tendência é a de sempre consumir muito mais alimentos processados, que são ricos em açúcares, gorduras e sódio, consumindo além do que o corpo precisa. A ausência de equilíbrio é nítida: consumindo além do que pode e atividade física reduzida. 

As principais causas são:

1. Inatividade/estilo de vida 

A prevenção e/ou combate à obesidade pode se dar a junção de uma alimentação mais saudável aliadas à prática de atividades físicas. Embora possa proporcionar vantagens além da estética, por consequência da correria do cotidiano e das facilidades oferecidas pela tecnologia é muito mais fácil deixar de lado uma vida mais regrada. Além disso, a uma vida mais saudável também está ligada à redução do estresse e ansiedade, e à prevenção de doenças.

2. Organismo desequilibrado/hormônios 

Alguns hormônios estão diretamente ligados ao metabolismo, eles controlam o centro da fome e saciedade, quando eles estão sem equilíbrio pode não funcionar corretamente, levando a grande produção de radicais livres, que levam a uma inflamação sistêmica. Por isso, a importância de um acompanhamento médico para que saiba ajustar tudo.

3. Fatores genéticos

A transmissão de genes que causam a doença existe. Portanto, a probabilidade de uma criança que tem pais obesos ter obesidade é maior quando comparada a uma criança que tem pais com peso normal. Caso os pais apresentem o sobrepeso em decorrência de um estilo de vida não-saudável é muito provável que o filho siga o mesmo ritmo.

4. Estrutura demográfica 

As pessoas que moram em cidades de maior agito, desenvolvem a propensão de praticar menos exercícios físicos e optar por uma alimentação menos saudável. Essa combinação pode resultar em pessoas obesas e com dificuldade de mudança de estilo de vida.

Em conclusão, a obesidade é uma doença que, assim como as outras, precisa de tratamento. E um dos principais pontos que podem ajudar nessa virada é, em primeiro lugar, a consciência de que se está doente e precisa de uma mudança. Depois, uma adequação na alimentação e no consumo energético com a inclusão de uma rotina de exercícios físicos é uma das chaves para uma vida longa.

Quer saber mais sobre a obesidade multifatorial? Clique aqui para falar com a Academia Brasileira de Medicina do Ativo Envelhecimento (ABMAE).

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